Data: 30-08-2012
Criterio: B1ab(i,ii,iii)
Avaliador: Tainan Messina
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Apesar de não ser endêmica do Brasil, a espécie é considerada rara na América do Sul tropical e sub-tropical. É conhecida por somente uma coleção histórica na região do município de Caldas, Minas Gerais. Tem EOO de 272,89 km², ocorre em Floresta Ombrófila e está sujeita a menos de cinco situações de ameaça, considerando que a região de Caldas está severamente fragmentada, impossibilitando, muitas vezes, a dispersão, o fluxo gênico e a reprodução da espécie. Além disso, suspeita-se que a região enfrente declínio contínuo na qualidade do hábitat devido ao turismo descontrolado e falta de fiscalização de áreas naturais. Recomenda-se um maior esforço de coleta para a espécie.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Jungermannia decolor Schiffn.;
Família: Jungermanniaceae
Sinônimos:
Descrita originalmente na obra Die Forschungsreise S.M.S. Gazell, IV. Teil. Botanik 10. 1889, a espécie pode ser diferenciada através da inserção obliqua da folha na parte dorsal e pelo maior tamanho das células da folha (Vána,1974).
A espécie é rara na América do Sul tropical e sub tropical, conhecida por somente uma coleção histórica na região de Caldas, MG (Costa, com. pess.).
A espécie apresenta ocorrência no Brasil, Chile, Equador e Colômbia (Vána, 1974). No Brasil, a espécie ocorre apenas no Estado de Minas Gerais (Costa et al., 2012).Vána (1974) considera a espécie escassa e não muito bem conservada, sendo conhecida apenas de alguns materiais de herbário.
Espécie rupícola, conhecida apenas por um material coletado em mata próxima a um córrego (Vána, 1974; CNCFlora, 2012).
1.1 Agriculture
Incidência
national
Severidade
very high
Detalhes
A degradação intensa da Mata Atlântica foi em parte produzida pela conversão da vegetação nativa em áreas para plantios e pastagens (Galindo-Leal; Câmara, 2005).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Incidência
national
Severidade
very high
Detalhes
AMata Atlântica vem sofrendo ao longo dos anos intensa retirada de coberturavegetal nativa, degradação do solo e introdução de espécies exóticas,visando a utilização destas áreas para plantios e pastagens (Galindo-Leal;Câmara, 2005). Segundo Costa; Santos (2009) a degradação do habitat é a maior emais séria ameaça as briófitas, pois reduz a qualidade do habitat afetandodiretamente as espécies mais sensíveis, prejudicando também a dispersão e ocruzamento por causar a fragmentação.
1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat)
Incidência
national
Severidade
high
Detalhes
Outra ameaça à Mata Atlântica é a introdução e dispersão de espécies exóticas diminuindo a qualidade do habitat (Galindo-Leal; Câmara, 2005).
4.4 Protected areas
Situação: needed
Observações: A localidade de onde o material tipo foi coletado (Caldas, MG) encontra-se descaracterizada e não possui nenhuma unidade de conservação (SNUC) (Costa, com. pess.).
1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: A espécie consta no Anexo I da Instrução Normativa nº 6, de 23 de setembro de 2008 (MMA, 2008), sendo considerada oficialmente ameaçada de extinção.
3.2 Population numbers and range
Situação: needed
Observações: Não é coletada desde o final de 1880; portanto, para uma avaliação de risco criteriosa, estudos populacionais e relacionados a sua distribuição são necessários (Costa, com. pess.).
- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.
- COSTA, D.P.; PERALTA, D.F.; SANTOS, N.D. Hepáticas in in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB097342>. Acesso em: 10 maio 2012.
- VÁNA, J. Studien über die Jungermannioideae (Hepaticae) 4. Jungermannia Subg. Plectocolea und Subg. Solenostoma: Allgemeines, süd- und mittelamerikanische Arten, Folia Geobotanica & Phytotaxonomica, v.09, n.02, p.179-208, 1974.
- COSTA, D.P.; SANTOS, N.D. Conservação de hepáticas na Mata Atlântica do sudeste do Brasil: uma análise regional no estado do Rio de Janeiro. Acta Botânica Brasilica, v. 23, n. 04, p. 913-922, 2009.
- GALINDO-LEAL, C; CÂMARA, I.G. Mata Atlântica: biodiversidade, ameaças e perspectivas. São Paulo, SP; Belo Horizonte, MG: Fundação SOS Mata Atlântica; Conservação Internacional, 2005. 472 p.
- COSTA, D.P. Briófitas - Musgos. In: STEHMANN, J.R. ET AL In Plantas da Floresta Atlântica. 2009.
- Base de Dados do Centro Nacional da Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2012.
- COSTA, D.P. Comunicação da especialista Denise Pinheiro da Costa, do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (RJ), para o analista de dados Eduardo Fernandez, Pesquisador do CNCFlora, em 15/10/2012, 2012.
CNCFlora. Jungermannia decolor in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Jungermannia decolor
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 30/08/2012 - 19:47:05